segunda-feira, 29 de junho de 2009

Salmo 51

1 TEM misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
2 Lava-me completamente da minha iniqüidade, e purifica-me do meu pecado.
3 Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim.
4 Contra ti, contra ti somente pequei, e fiz o que é mal à tua vista, para que sejas justificado quando falares, e puro quando julgares.
5 Eis que em iniqüidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
6 Eis que amas a verdade no íntimo, e no oculto me fazes conhecer a sabedoria.
7 Purifica-me com hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve.
8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
9 Esconde a tua face dos meus pecados, e apaga todas as minhas iniqüidades.
10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito reto.
11 Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo.
12 Torna a dar-me a alegria da tua salvação, e sustém-me com um espírito voluntário.
13 Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores a ti se converterão.
14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua louvará altamente a tua justiça.
15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor.
16 Pois não desejas sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.
17 Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.
18 Faze o bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros de Jerusalém.
19 Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então se oferecerão novilhos sobre o teu altar.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O FIM DA DEMOCRACIA

 

O ano é 2209 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre  avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

 

- Vovô, por que o mundo está acabando?

 

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a  resposta:

 

- Porque não existem mais advogados, meu anjo.

- Advogados? Mas o que é isso? O que fazia um advogado?

 

O velho responde, então, que advogados eram homens e mulheres elegantes que  se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás,  lutavam pela justiça defendendo as pessoas e a sociedade.

 

- Eles defendiam as pessoas? Mas eles eram super-heróis?

- Sim. Mas eles não eram vistos assim. Seus próprios clientes muitas vezes não pagavam os seus honorários e ainda faziam piadas, dizendo que as cobras  não picavam advogados por ética profissional.

 

- E como foi que eles desapareceram, vovô?

- Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, pois todo super-herói tem que enfrentar um super-vilão, não é? No caso, para derrotar os advogados esse super-vilão se valeu da união de três poderes. Por isso chamamos esse super-vilão de "união".

 

Segundo o velho, por meio do primeiro poder, a "união" permitiu a criação  de infinitos cursos de Direito no País inteiro, formando dezenas de milhares  de profissionais a cada semestre, o que acabou com a qualidade do ensino e entupiu o mercado de bacharéis.

 

Com o segundo poder, a "união" criou leis que permitiam que as pessoas movessem processos judiciais sem a presença de um advogado, favorecendo a defesa de poderosos grupos econômicos e do Estado contra o cidadão leigo e ignorante. Por estarem acostumadas a ouvir piadas sobre como os advogados extorquiam seus clientes, as pessoas aplaudiram a iniciativa. Assim, acabaram com suas prerrogativas, o respeito social que tinham. A OAB, a "Casa dos Advogados" foi minada por falsos representantes que não defendiam a classe; juntaram-se a "união".

 

O terceiro poder foi mais cruel. Seus integrantes fixavam honorários irrisórios para os advogados, mesmo quando a lei estabelecia limite mínimo! Isso sem falar na compensação de honorários.

 

Mas o terceiro poder não durou muito tempo. Logo depois da criação do processo eletrônico, os computadores se tornaram tão poderosos que aprenderam a julgar os processos sozinhos. Foi o que se denominou de Justiça self-service. Das decisões não cabiam recursos, já que um computador sempre confirmava a decisão do outro, pois todos obedeciam à mesma lógica.

 

Assim, acabaram com suas prerrogativas, o respeito social que tinham, inclusive começaram a matar os advogados corajosos.

 

O primeiro poder, então, absorveu o segundo, com a criação das ´medidas definitivas´,  novo nome dado às ´medidas provisórias´ . Só quem poderia fazer alguma coisa eram os advogados, mas já era tarde demais. Estes estavam muito ocupados tentando sobreviver, dirigindo táxis e vendendo cosméticos. Sem advogados, a única forma de restaurar a democracia é por meio das armas.

 

E é por isso que o mundo está acabando, meu netinho. Mas agora chega de assuntos tristes. Eu já contei por que as cobras não picam os advogados ?

 

 (Sem professores e advogados, mais fácil manipular um povo inculto e negar-lhe Justiça).

 

Fonte: Internet

 

quarta-feira, 24 de junho de 2009

QUÃO DIGNO É VOCÊ?

Há algumas semanas assisti a um filme de terror bem ruizinho, Evocando Espíritos ("Haunting in Connecticut"), acompanhado de um combo gigante de pipoca com refrigerante light (vai entender o paradoxo), que tem uma fala assim: "sua família precisa da sua força, não da sua autocomiseração" - trata-se da mulher (Virgina Madsen, que chegou a ser indicada como Melhor Atriz Coadjuvante por "Sideways", no Oscar e no Globo de Ouro de 2005) falando para o marido bêbado, que perdeu o emprego e que não está mais conseguindo pagar as contas, em especial as do filho doente, que ele não pode jogar a toalha, que é exatamente naquele momento que ela e a família mais estão precisando dele e da sua força. É um filme de 2009 que retrata a família americana média em apuros econômicos (e sobrenaturais!), o que é uma raridade, e talvez a característica mais interessante do filme, estimulada por esses tempos bicudos.

 

Aquela frase, perdida ali no meio daquele filminho plenamente esquecível, ficou na minha cabeça. É preciso ter dignidade sempre. Dignidade quando se está por cima, quando a fase é boa, quando a vida lhe sorri. Aí a dignidade significa não pisar em ninguém. Significa não humilhar quem pode menos, não machucar com seu sucesso aqueles que tiveram menos êxito, não se imaginar melhor do que os outros só porque a gangorra naquele momento lhe é favorável. Dignidade significa duvidar um pouco dos elogios e dos tapinhas nas costas que recebemos quando tudo dá certo. Não se tornar esnobe, não se deixar seduzir pela soberba, não permitir que a arrogância se instale.

 

E é preciso ter dignidade também quando se está por baixo. A fase pode ser ruim, a vida pode nos fechar a cara e o céu pode escurecer completamente - nada disso nos dá o direito de agirmos incorretamente, de sermos grosseiros, desrespeitosos, ácidos ou azedos. Ninguém tem que aguentar nosso mau-humor e nosso baixo-astral quando nada dá certo. Ninguém merece uma postura menos honrada ou justa da nossa parte só porque estamos angustiados ou desesperançados. Aí a dignidade significa não agarrar ninguém pelas vestes só porque estamos caindo. Significa não segurar ninguém pelos pés só porque estamos mais abaixo na escada naquele momento. Acuados, deserdados, em maus lençóis, muitas vezes passamos a nos sentir no direito de sair batendo em pessoas que julgamos gozar de uma posição melhor naquele momento. Muitas vezes nos voltamos para o nosso próprio umbigo e nos dedicamos a lamber obscenamente as próprias feridas, ignorando quem mais precisa de nós e da nossa integridade naquele momento (a começar por nós mesmos.) Dignidade significa nos mantermos coerentes e éticos debaixo do vendaval, no meio da lama, duvidando também daquelas vozes (na maioria das vezes, vozes que só existem dentro da nossa cabeça) que querem nos fazer acreditar que nada, coisa alguma, nunca, jamais voltará a acontecer para a gente.

 

 Adriano Silva

 Fonte: http://portalexame.abril.com.br/blogs/manualdoexecutivo/20090623_listar_dia.shtml

terça-feira, 23 de junho de 2009

Crise? Tristeza? Dificuldade?

"Até nos tempos mais sombrios temos o direito de esperar ver alguma luz. É bem possível que essa luz não venha tanto das teorias e dos conceitos como da chama incerta, vacilante, e muitas vezes tênue, que alguns homens e mulheres conseguem alimentar."

Hannah Arendt

 

Provérbios 3

1 Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos.
2 Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz.
3 Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração.
4 E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem.
5 Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento.
6 Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.
7 ¶ Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal.
8 Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos.
9 Honra ao SENHOR com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos;
10 E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.
11 Filho meu, não rejeites a correção do SENHOR, nem te enojes da sua repreensão.
12 Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem.
13 ¶ Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento;
14 Porque é melhor a sua mercadoria do que artigos de prata, e maior o seu lucro que o ouro mais fino.
15 Mais preciosa é do que os rubis, e tudo o que mais possas desejar não se pode comparar a ela.
16 Vida longa de dias está na sua mão direita; e na esquerda, riquezas e honra.
17 Os seus caminhos são caminhos de delícias, e todas as suas veredas de paz.
18 É árvore de vida para os que dela tomam, e são bem-aventurados todos os que a retêm.
19 O SENHOR, com sabedoria fundou a terra; com entendimento preparou os céus.
20 Pelo seu conhecimento se fenderam os abismos, e as nuvens destilam o orvalho.
21 ¶ Filho meu, não se apartem estas coisas dos teus olhos: guarda a verdadeira sabedoria e o bom siso;
22 Porque serão vida para a tua alma, e adorno ao teu pescoço.
23 Então andarás confiante pelo teu caminho, e o teu pé não tropeçará.
24 Quando te deitares, não temerás; ao contrário, o teu sono será suave ao te deitares.
25 Não temas o pavor repentino, nem a investida dos perversos quando vier.
26 Porque o SENHOR será a tua esperança; guardará os teus pés de serem capturados.
27 ¶ Não deixes de fazer bem a quem o merece, estando em tuas mãos a capacidade de fazê-lo.
28 Não digas ao teu próximo: Vai, e volta amanhã que to darei, se já o tens contigo.
29 Não maquines o mal contra o teu próximo, pois que habita contigo confiadamente.
30 Não contendas com alguém sem causa, se não te fez nenhum mal.
31 Não tenhas inveja do homem violento, nem escolhas nenhum dos seus caminhos.
32 Porque o perverso é abominável ao SENHOR, mas com os sinceros ele tem intimidade.
33 A maldição do SENHOR habita na casa do ímpio, mas a habitação dos justos abençoará.
34 Certamente ele escarnecerá dos escarnecedores, mas dará graça aos mansos.
35 Os sábios herdarão honra, mas os loucos tomam sobre si vergonha.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

O maior trava-lingua da Língua Portuguesa

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente, pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los. Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, pediu permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris!Paris! Proferiu Pedro Paulo. Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorridopelo pai. Pedindo perfeita permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém,praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences. Partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando. Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém,passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus.Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando..." Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto, pararei.