Dependendo do grau de exagero, pequenas quebras na rotina de trabalho ajudam na produtividade.
Na relação diária com computadores, às vezes desenvolvemos comportamentos compulsivos, como checar e-mails a cada dois segundos, buscar atualizações em sites que acabamos de visitar, ler pedaços de feeds ou textos (sem nem ao menos chegar ao fim das frases). Algumas vezes até nos parecemos com ratos presos em gaiolas, cheirando, andando, mexendo nossos braços e pernas como se quiséssemos fugir.
Muitos desses comportamentos servem como uma espécie de gerenciamento de ansiedade.
Explico.
Quando trabalhava numa conhecida revista brasileira, os fechamentos (período em que se finaliza textos e diagramação) eram muito intensos. Existia uma energia de ansiedade e necessidade de total concentração. Mas exatamente nessas horas o diretor de arte gostava de cantar em falsete e colocar funk carioca para tocar em toda a redação.
Isso fazia com que todos nós nos distraíssemos, é claro. Mas liberava a energia da tensão, que a qualquer momento poderia virar estresse ou negatividade. Poderíamos dizer que o diretor de arte diminuia nossa produtividade? Não necessariamente. Ele criava pequenas pausas caóticas que, por meio do bom humor, restauravam nossos ânimos para mais um período de concentração.
Muitas vezes, o que causa improdutividade é exatamente a tentativa de ser rígido demais e perfeitamente organizado. Nós, que trabalhamos com informação e computadores, geralmente precisamos de frequentes micro-pausas. E nem sempre é possível organizá-las em planilhas, agendas e calendários. Elas acontecem naturalmente no momento de tensão.
Mas existe uma linha sutil que separa a procrastinação do descanso estratégico. Você pode percebê-la quando começa a se entregar a comportamentos compulsivos. Quando as pausas são frequentes demais ou são usadas para evitar o trabalho.
Aos poucos, você precisa aprender a enxergar quando e como isso acontece com você, porque esse é um fenômeno incrivelmente variado.
Mas há um jeito relativamente simples de perceber quando as pausas estão começando a cruzar a linha da produtividade: suas ações ficam sempre pela metade e são trocadas constantemente. Por exemplo, você lê duas palavras de uma frase e pula para outra coisa, abre seus e-mails mas não chega a responder mensagens. Seu cérebro apenas pula de lá para cá, como um animal selvagem. Nesse estágio, só há dois resultados possíveis: tédio e culpa.
Quando sentir que começou a desenvolver comportamentos compulsivos, ligue o sinal de alerta. Mas relaxe. Redirecione gentilmente sua concentração para o trabalho. Quanto mais você se entregar às distrações, mais difícil vai ficar de extrair algum prazer do trabalho, porque, em 90% do tempo, a chatice é um subproduto da falta de concentração. Pense com calma nisso.
Na relação diária com computadores, às vezes desenvolvemos comportamentos compulsivos, como checar e-mails a cada dois segundos, buscar atualizações em sites que acabamos de visitar, ler pedaços de feeds ou textos (sem nem ao menos chegar ao fim das frases). Algumas vezes até nos parecemos com ratos presos em gaiolas, cheirando, andando, mexendo nossos braços e pernas como se quiséssemos fugir.
Muitos desses comportamentos servem como uma espécie de gerenciamento de ansiedade.
Explico.
Quando trabalhava numa conhecida revista brasileira, os fechamentos (período em que se finaliza textos e diagramação) eram muito intensos. Existia uma energia de ansiedade e necessidade de total concentração. Mas exatamente nessas horas o diretor de arte gostava de cantar em falsete e colocar funk carioca para tocar em toda a redação.
Isso fazia com que todos nós nos distraíssemos, é claro. Mas liberava a energia da tensão, que a qualquer momento poderia virar estresse ou negatividade. Poderíamos dizer que o diretor de arte diminuia nossa produtividade? Não necessariamente. Ele criava pequenas pausas caóticas que, por meio do bom humor, restauravam nossos ânimos para mais um período de concentração.
Muitas vezes, o que causa improdutividade é exatamente a tentativa de ser rígido demais e perfeitamente organizado. Nós, que trabalhamos com informação e computadores, geralmente precisamos de frequentes micro-pausas. E nem sempre é possível organizá-las em planilhas, agendas e calendários. Elas acontecem naturalmente no momento de tensão.
Mas existe uma linha sutil que separa a procrastinação do descanso estratégico. Você pode percebê-la quando começa a se entregar a comportamentos compulsivos. Quando as pausas são frequentes demais ou são usadas para evitar o trabalho.
Aos poucos, você precisa aprender a enxergar quando e como isso acontece com você, porque esse é um fenômeno incrivelmente variado.
Mas há um jeito relativamente simples de perceber quando as pausas estão começando a cruzar a linha da produtividade: suas ações ficam sempre pela metade e são trocadas constantemente. Por exemplo, você lê duas palavras de uma frase e pula para outra coisa, abre seus e-mails mas não chega a responder mensagens. Seu cérebro apenas pula de lá para cá, como um animal selvagem. Nesse estágio, só há dois resultados possíveis: tédio e culpa.
Quando sentir que começou a desenvolver comportamentos compulsivos, ligue o sinal de alerta. Mas relaxe. Redirecione gentilmente sua concentração para o trabalho. Quanto mais você se entregar às distrações, mais difícil vai ficar de extrair algum prazer do trabalho, porque, em 90% do tempo, a chatice é um subproduto da falta de concentração. Pense com calma nisso.
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