quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ELOÁ, A MENINA QUE TINHA DEUS NO NOME, EL, MORREU.

Morreu Eloá. Lindemberg não morreu, mas, se acabou, na ânsia de matar a sua deusa.
Deus nunca morre, mas, deusa só de nome pode morrer pelas mãos do seu falso amor.
Mas, Eloá menina ainda sobrevive, com seu coração, com seus rins, com seus pulmões…
Todos esperavam o final feliz dos sequestros-show, até a polícia que mandou a ex-sequestrada para negociar; a polícia também tem coração…
O surto do Lindemberg não acabou, arrombaram a porta, como na ficção, atirou!
Queria morrer e registrar o "The end", mas, a polícia não atirou; a polícia não respeitou o seu script.
Seu sonho macabro virou tragédia real, para ele, também. Seqüestrou todo o Brasil, matou um pedaço de cada brasileiro que ainda acredita no amor. Lindemberg não amava ninguém, só queria aparecer e ser manchete.
A menina de quinze anos que teria uma esperança de vida de setenta e cinco anos; perdeu sessenta ou mais em Santo André-SP no final da semana que passou.
E chocou o país neste drama ao vivo da TV.
Perdeu quatro vezes mais do que viveu. Perdeu na sua casa, sua fortaleza, perdeu no seu amor juvenil, o único.
A menina que tinha Deus no nome, El, só perdeu.
Ter Deus no nome não garante nada; o importante é ter Deus na vida, no coração, na mente, nos atos, nos sonhos, nas parcerias, na convivência, nos relacionamentos…
Já li a opinião de dois pastores batistas que dizem que os atiradores de elite deveriam ter matado o namorado, pois ele era um seqüestrador.
Matar é fácil, difícil é explicar porque se matou.
Quando pastores defendem a morte, com tanta simplicidade, alguma coisa anda errada, mas, este não é o nosso tema.
Com um circo tão bem montado, com TV e polícia; o jovem doente se sentia o tal.
As análises sociológicas se multiplicam, cada um tem uma idéia, uma solução.
Os pais de Eloá perderam um pedaço de vida, para eles não existem mais soluções, só Cristo.
Doaram os órgãos, pedaços da máquina de Eloá, gesto de amor, mas, não é Eloá.
Talvez as drogas façam parte desta trágica cena, elas fazem parte do cotidiano das famílias brasileiras.
A TV por um lado alimenta o circo da tragédia porque vende, por outro, estimula o sexo entre os jovens.
Transformando Eloás em astros e Lindembergs em super astros, ela, mocinha, ele, o bandidão.
Transforma a tragédia em novela, a tragédia em big-brother.
Audiência, comercial, faturamento. Amor, ódio, doença, polícia despreparada.
Equação rica no apartamento simples de Santo André.
E a maioria de Eloás e Lindembergs, sem espaço, sobrevivem, atrapalhando a construção como diz a música popular.
A simbiose se tornou em dualidade, em segundos:
Ela vacilou! Tem que morrer.
Nossos jovens se prendem, voluntariamente, no inferno, pensando que é o céu.
"E que conhecereis a Verdade, e a Verdade vós libertará".
Nossa responsabilidade é falarmos mais e mais desta Verdade, para que eles se libertem.
E que todas as Eloás vivam setenta e cinco anos ou mais, com Cristo.
E com Cristo terão a vida eterna que é o céu, de verdade.

Vital.
 

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Guia Prático da Nova Ortografia

Saiba o que mudou na ortografia brasileira
por Douglas Tufano
(Professor e autor de livros didáticos de língua portuguesa)
 
Fonte: http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?typePag=novaortografia&languageText=p
 
O documento completo (em PDF) pode ser baixado gratuitamente do site da Editora Melhoramentos - http://fidusinterpres.com/images/Guia_Reforma_Ortografica_CP.pdf
 


O objetivo deste guia é expor ao leitor, de maneira objetiva, as alterações introduzidas na ortografia da língua portuguesa pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.

Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.

Como o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos, elaboramos um roteiro com o que foi possível estabelecer objetivamente sobre as novas regras. Esperamos que este guia sirva de orientação básica para aqueles que desejam resolver rapidamente suas dúvidas sobre as mudanças introduzidas na ortografia brasileira, sem preocupação com questões teóricas.

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J
K L M N O P Q R S
T U V W X Y Z


As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
cinqüenta cinquenta
delinqüente delinquente
eloqüente eloquente
ensangüentado ensanguentado
eqüestre equestre
freqüente frequente
lingüeta lingueta
lingüiça linguiça
qüinqüênio quinquênio
sagüi sagui
seqüência sequência
seqüestro sequestro
tranqüilo tranquilo


Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.

Mudanças nas regras de acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Coréia Coreia
debilóide debiloide
epopéia epopeia
estóico estoico
estréia estreia
estréio (verbo estrear) estreio
geléia geleia
heróico heroico
idéia ideia
jibóia jiboia
jóia joia
odisséia odisseia
paranóia paranoia
paranóico paranoico
platéia plateia
tramóia tramoia


Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.

Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura


Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo


4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos brancos. Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.


Atenção:
- Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

- Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

- Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.

- É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

1. Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h. Exemplos:
anti-higiênico
anti-histórico
co-herdeiro
macro-história
mini-hotel
proto-história
sobre-humano
super-homem
ultra-humano
Exceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).

2. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:
aeroespacial
agroindustrial
anteontem
antiaéreo
antieducativo
autoaprendizagem
autoescola
autoestrada
autoinstrução
coautor
coedição
extraescolar
infraestrutura
plurianual
semiaberto
semianalfabeto
semiesférico
semiopaco
Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

3. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:
anteprojeto
antipedagógico
autopeça
autoproteção
coprodução
geopolítica
microcomputador
pseudoprofessor
semicírculo
semideus
seminovo
ultramoderno
Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

4. Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:
antirrábico
antirracismo
antirreligioso
antirrugas
antissocial
biorritmo
contrarregra
contrassenso
cosseno
infrassom
microssistema
minissaia
multissecular
neorrealismo
neossimbolista
semirreta
ultrarresistente
ultrassom

5. Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exemplos:
anti-ibérico
anti-imperialista
anti-inflacionário
anti-inflamatório
auto-observação
contra-almirante
contra-atacar
contra-ataque
micro-ondas
micro-ônibus
semi-internato
semi-interno

6. Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exemplos:
hiper-requintado
inter-racial
inter-regional
sub-bibliotecário
super-racista
super-reacionário
super-resistente
super-romântico

Atenção:
- Nos demais casos não se usa o hífen.
Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.
- Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r:
sub-região, sub-raça etc.
- Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.


7. Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:
hiperacidez
hiperativo
interescolar
interestadual
interestelar
interestudantil
superamigo
superaquecimento
supereconômico
superexigente
superinteressante
superotimismo

8. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:
além-mar
além-túmulo
aquém-mar
ex-aluno
ex-diretor
ex-hospedeiro
ex-prefeito
ex-presidente
pós-graduação
pré-história
pré-vestibular
pró-europeu
recém-casado
recém-nascido
sem-terra

9. Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.
Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

10. Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.

11. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:
girassol
madressilva
mandachuva
paraquedas
paraquedista
pontapé

12. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:
Na cidade, conta-
-se que ele foi viajar.

O diretor recebeu os ex-
-alunos.

Resumo - Emprego do hífen com prefixos

Regra básica
Sempre se usa o hífen diante de h:
anti-higiênico, super-homem.

Outros casos
1. Prefixo terminado em vogal:
- Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
- Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.
- Sem hífen diante de r e s Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.
- Com hífen diante de mesma vogal:
contra-ataque, micro-ondas.

2. Prefixo terminado em consoante:
- Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.
- Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.
- Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
Observações
1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal:
circum-navegação, pan-americano etc.
3 O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.
4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.
5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.
6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen:
ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
 
O documento completo (em PDF) pode ser baixado gratuitamente do site da Editora Melhoramentos - http://fidusinterpres.com/images/Guia_Reforma_Ortografica_CP.pdf

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

EU NÃO TENHO FÉ SUFICIENTE PARA SER UM ATEU

Evidências da ressurreição e da natureza de Jesus

1. A opinião dos críticos sobre a ressurreição de Cristo
- Uma pesquisa feita indica os doze pontos consensuais em que teólogos, historiadores e críticos de todas as correntes ideológicas concordam em relação à ressurreição de Cristo:
a) Jesus morreu por crucificação romana.
b) Ele foi sepultado possivelmente num túmulo particular.
c) Logo em seguida, seus discípulos ficaram desencorajados, desalentados e sem esperança.
d) O túmulo de Jesus foi encontrado vazio logo depois de seu sepultamento.
e) Os discípulos tiveram experiências que os fizeram crer serem aparições reais do Jesus ressurreto.
f) Devido a essas experiências, as vidas dos discípulos foram dramaticamente transformadas.
g) A proclamação da ressurreição teve início muito cedo na história da Igreja.
h) O testemunho público dos discípulos e sua pregação começaram em Jerusalém.
i) A mensagem central do evangelho focava a morte e ressurreição de Jesus.
j) O domingo passou a ser o dia para o encontro de comunhão e adoração.
k) Tiago, o cético irmão de Jesus, converteu-se quando ele creu ter visto a Jesus ressurreto.
l) Alguns anos depois, Saulo de Tarso tornou-se cristão depois de uma experiência que o levou a crer ter também visto a Jesus ressurreto.
- A aceitação desses fatos é razoável considerando todas as evidências apresentadas até agora.
- Uma última objeção dos críticos: os discípulos, apesar da sua crença sincera e todas as suas conseqüências, foram enganados ou se deixaram enganar (item 5 acima).
- Se os escritores do NT demonstraram ser bastante exatos em todos os seus registros, o mesmo raciocínio deveria ser também estendido às narrativas dos milagres.

2. Explicações dos céticos quanto à ressurreição de Cristo
- A teoria da alucinação. Os discípulos experimentaram uma alucinação. Porém estas são experiências individuais e não coletivas. Jesus apareceu durante 40 dias, em diferentes situações, a diferentes pessoas.
- As testemunhas foram ao túmulo errado. As autoridades poderiam ter ido ao túmulo certo e provado o contrário.
- A teoria do desmaio ou morte aparente. Jesus foi retirado da cruz e sepultado ainda vivo e de algum modo conseguiu escapar e convencer os discípulos que estava vivo. Evidências históricas e médicas:
a) Tanto os amigos quanto os inimigos tiveram certeza da morte de Jesus.
b) As técnicas brutais e eficientes da crucificação romana são comprovadas historicamente.
c) Os ferimentos e lacerações recebidos por Jesus antes e durante a crucificação certamente levariam à morte qualquer pessoa que não recebesse assistência imediata.
d) Jesus foi embalsamado e enfaixado com grossas camadas de tecido, de acordo com as técnicas usuais da época.
e) Uma pessoa ferida e enfraquecida não conseguiria remover sozinha a pedra que selava o túmulo, enfrentar uma guarda romana de elite e depois fugir.
f) Um Jesus não-ressurreto não explica a visão que levou Saulo a se converter.
g) Vários registros não-cristãos afirmam que Jesus realmente morreu na cruz (Josefo, Tácito, o Talmude judaico).
- Os discípulos furtaram o corpo de Jesus. Essa teoria não explica como os discípulos conseguiram passar pela guarda romana e nem as posteriores aparições de Jesus a diversas testemunhas. As autoridades judaicas tiveram que usar dinheiro e poder para divulgar essa versão (Mt. 28:11:15).
- Um substituto tomou o lugar de Jesus na cruz. Essa é a teoria oferecida pelo islamismo. De acordo com o Alcorão, Jesus não morreu e foi trasladado para o céu por Alá. Além de surgir 600 anos após a morte de Jesus, essa teoria ignora a grande quantidade de evidências sobre a morte de Jesus fornecidas tanto por fontes cristãs como não-cristãs.
- Os discípulos criaram o mito da ressurreição levados por sua fé. Essa teoria foi criada e propagada no “The Jesus Seminar”, uma escola de críticos textuais do NT que afirma, entre outras coisas, que somente 18% das palavras atribuídas a Jesus são autênticas. Essa teoria coloca a ressurreição como produto da fé, quando na verdade a fé foi o resultado da ressurreição.
- Os escritores do NT copiaram mitos pagãos de ressurreição. O estilo literário do NT não é mitológico ou ficcional. Antigas fontes não-cristãs sabiam que os autores do NT fizeram afirmações históricas. O relato da morte e ressurreição de Cristo não encontra paralelo em nenhum mito pagão conhecido até aquela data.
- É preciso muita fé para crer que os discípulos e todas as outras testemunhas oculares foram enganadas com relação aos milagres de Jesus e sua ressurreição.

3. A reação dos céticos
- Apesar desse conjunto de evidências (cópias acuradas e antigas, testemunho ocular acurado, registros históricos e não mera ficção), muitos estudiosos e críticos ainda mantêm-se céticos quanto ao cristianismo.
- As razões oferecidas para o ceticismo são de natureza filosófica. Muitos céticos, ainda não convencidos por esse conjunto de evidências, exigem mais evidências.
a) Evidências extraordinárias: exigir um milagre para crer em outro.
b) Evidências empíricas: nenhum fato histórico pode ser repetido em qualquer contexto recente. Devem ser aceitos ou não com base nas evidências disponíveis.

4. As profecias do Velho Testamento sobre Jesus
- A vinda de Cristo como o Messias foi precedida de vários anúncios proféticos registrados no VT, como no livro de Isaías (c. 740-700 a.C), onde Jesus é identificado como o “Servo do Senhor” e o “Servo Sofredor”, entre os capítulos 42 e 53.
- Algumas características do Servo em Isaías:
a) Eleito por Deus, ungido pelo Espírito e bem sucedido em sua obra (42:1,4).
b) Estabelecer justiça seria uma das suas principais missões (42:1,4).
c) Seu ministério possuiria alcance internacional (42:1,6).
d) Deus o predestinou por seu chamado (49:1).
e) Possui um ensino eficiente (49:2).
f) Experimentaria desencorajamento em seu ministério (49:4).
g) Seu ministério se estenderia aos gentios (49:6).
h) Encontraria forte oposição e resistência ao seu ensino (50:4-6).
i) Determinado a completar aquilo para o que foi chamado (50:7).
j) Origem humilde e pouca propensão ao sucesso (53:1-2).
k) Experimentaria sofrimento e aflição (53:3).
l) Aceitaria o sofrimento vicário e substitutivo pelo seu povo (53:4, 6, 12).
m) Seria sem pecado (53:9).
n) Seria morto após ter sido condenado (53:7-9).
o) Voltaria à vida e seria exaltado acima de todos os governos (53:10-12; 52:13-15).
- Tradicionalmente os judeus sempre interpretaram o Servo em Isaías como a personificação do Messias. Somente a partir do rabino Rashi (c. 1040-1105) é que Israel toma o lugar do Messias na passagem de Isaías, uma interpretação que domina alguns círculos da teologia rabínica até hoje.
- Problemas dessa interpretação: Israel não é sem pecado (53:9), nunca se comportou como cordeiro submisso (53:7), nunca realizou sacrifício substitutivo por pecados alheios em sua história (53:4, 6, 8, 10-12).
- Outras predições messiânicas sobre Jesus aparecem em outros livros do AT:
a) Nasceria da semente de uma mulher, em referência ao seu nascimento virginal, e derrotaria Satanás (Gn.3:15).
b) Seria descendente de Abraão (Gn. 12:3, 7).
c) Seria da tribo de Judá (Gn. 49:10).
d) Seria da linhagem de Davi e seria chamado Deus (Jer. 23:5-6).
e) Nasceria como uma criança, mas também seria Deus e governaria do trono de Davi (Is. 9:6-7).
f) Nasceria em Belém da Judéia (Mq. 5:2).
g) O Messias seria precedido de um mensageiro e entraria no templo (Mal. 3:1).
h) O Messias seria traspassado (Zc. 12:10 cf. Jo. 19:37).
i) O Messias morreria no ano 33 d.C., isto é, 483 anos (69 x 7) após o decreto promulgado por Ciro para a reconstrução de Jerusalém (c. 539 a.C.). Depois disto, a cidade e o templo seriam destruídos pelos romanos em 70 d.C.
- O Salmo 22 é considerado um salmo messiânico por conter várias referências à crucificação de Cristo:
a) O brado de Jesus na cruz (v. 1).
b) Os insultos dos acusadores (v. 6-7).
c) A sede (v. 15).
d) A perfuração das mãos e pés (v. 16).
e) Os ossos não quebrados (v. 17).
f) A divisão das vestes (v. 18).
g) A ajuda e socorro final de Deus (v. 19).

5. A divindade de Jesus
- O VT prediz a vinda de um Messias homem-Deus (Is. 9:6). Jesus é a única pessoa conhecida na história que preenche todas as qualificações preditas sobre o Messias.
- Vários autores do NT declararam que Jesus era Deus:
a) Mateus (Mt. 1:23).
b) João (Jo. 1:1, 14).
c) Paulo (Rom. 9:5; Col. 2:9).
d) Pedro (II Pe. 1:1)
e) O autor de Hebreus (Hb. 1:3).
- O próprio Jesus reivindica ser Deus, tanto diretamente (Marcos 14:61-64, João 8:56-59) quanto indiretamente (Mt.25:31; Jo. 5:21, 27, 8:12, 10:11, 14:6, 17:5).
- Jesus agiu como Deus (Mt. 28:18-19; Mc. 2:5-11, Jo. 13:34, 14:13-14, 15:7).
- Jesus aceitou ser adorado em pelo menos nove ocasiões (Mt. 8:2, 9:18, 14:33, 15:25, 20:20, 28:17; Mc. 5:6; Jo. 9:38,20:28).
- Só existem três possibilidades de interpretar as declarações de Jesus sobre sua divindade:
a) Jesus era um mentiroso. Um grande mestre moral não enganaria as pessoas.
b) Jesus era um lunático. Sua obra e sua vida foram marcadas por elevada integridade.
c) Jesus era Deus. Isto é confirmado pelo seu ensino e pelos milagres que realizou.

6. Jesus como o homem sem pecado
- Além de cumprir várias profecias, predizer e realizar sua ressurreição dentre os mortos, Jesus também viveu uma vida sem pecado.
- Alguns testemunhos sobre a não-pecaminosidade de Cristo:
a) Pedro (I Pe. 1:19, 2:22).
b) João (I João 3:5)
c) Paulo (II Cor 5:21)
d) Autor de Hebreus (Hb. 4:15)
e) Seus inimigos (Mc. 14:55, 12:14, Lc. 23:22)

6. Objeções à divindade de Cristo
- Porque Jesus não foi mais explícito e público sobre sua divindade?
a) Para não criar uma falsa expectativa por parte dos judeus que esperavam um Messias conquistador (Jo.6:15).
b) Para prover um exemplo de conduta que fosse humanamente possível em humildade e serviço.
c) Para ser cauteloso em revelar sua divindade somente nos momentos apropriados, evitando assim prejuízos à sua missão.
d) Para permitir a livre aceitação de sua pessoa por parte do livre arbítrio humano, num ambiente dominado pela lei e pelas tradições (o uso freqüente de parábolas).
- Se Jesus era Deus, por que em algumas ocasiões parece subordinar-se a Deus o Pai (Jo. 14:28; Mt. 24:36)? Esta objeção pode ser respondida pela doutrina da Trindade: três pessoas em uma essência ou natureza divina.
a) Ao assumir sua humanidade, Jesus voluntariamente se sujeitou ao Pai e aceitou as limitações inerentes à natureza humana, não abriu mão de sua divindade (Fil. 2:5-11).
b) Como homem Jesus era limitado em conhecimento e sentidos físicos (sede, fome, cansaço etc.).
c) As três pessoas da Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo) são iguais na essência, mas diferentes nos ofícios ou funções.
d) A doutrina da Trindade pode estar além da razão, mas não é contra a razão.



IGREJA BATISTA CIDADE UNIVERSITÁRIA - ESCOLA BÍBLICA DE ADULTOS
Curso: Eu não tenho fé suficiente para ser um ateu Wesley Silva e Marcelo Castro Junho-Julho 2006
Baseado no livro “I don’t have enough faith to be an atheist” de Norman Geisler e Frank Turek, Crossway Books, Wheaton, 2004.
http://www.ibcu.org.br/apostilas/eunaotenhofesuficiente/Aula%20 pdf

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

COLOCANDO O PINGO NOS `IS`

Paulo Metri



Nessa época de luta feroz pela permanência dos lucros imensos das empresas no setor do petróleo, todos os meios têm sido utilizados para que o governo brasileiro atenda aos interesses estrangeiros no pré-sal.

Mais uma vez, vivemos grande movimentação do capitalismo mundial, respaldado pelos governos dos países centrais, que mandam recados diretos ao nosso governo. Recursos financeiros não têm sido poupados para garantir a usurpação em anos futuros e as conseqüências são sentidas.

Artigos buscando induzir o leitor a uma compreensão errônea das questões aparecem nos grandes jornais comerciais e os tempos dos canais de televisão, mantidos pelo mercado, se expandem para o assunto e locutores e comentaristas do pensamento único os ocupam.

Votos de políticos devem estar sendo negociados, de forma análoga à época da votação do projeto da reeleição. Aliás, este conjunto de congressistas, sobre o qual há denúncia nunca apurada de corrupção, é o mesmo que extinguiu o monopólio estatal do petróleo e liberou a entrada das multinacionais do setor no país.

Os grupos econômicos, basicamente estrangeiros, têm usado, ao extremo, técnicas de propaganda e de manipulação de dados e argumentos, sem o desejo de a sociedade ser conscientizada, significando, no final, um processo de dominação da nossa sociedade. Querem que permaneçam as regras institucionais e jurídicas existentes, que lhes têm permitido usufruir muito com nossas reservas de petróleo.

Por sua vez, de uma forma geral, a sociedade não consegue compreender o que se passa. Assim, se o status quo permanecer, há grave risco de que boa parte dos lucros resultantes da produção do pré-sal e boa parte desta produção sejam transferidas para o exterior.

Em respeito ao cidadão comum, que busca ser informado nas notícias da mídia corrompida e está bastante ludibriado, colocamos alguns pingos no `is`. Temos a pretensão de entrar na batalha do convencimento da opinião pública, com a única arma que possuímos, a busca lógica da verdade social. Acreditamos que, se a sociedade for convencida com argumentos lógicos, dificilmente, as forças estrangeiras conseguirão ludibriá-la, de novo, nesta questão.

Como primeiro `i` sem pingo, empresas estrangeiras congregadas no IBP, tucanos, democratas e o diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, são contra qualquer mudança na Lei 9.478 e querem, simplesmente, aumentar as alíquotas da participação especial, o que requer, somente, a edição de um decreto.

A alíquota máxima desta participação, que é multiplicada pela receita líquida do petróleo, para campos com grande volume de produção ou muito rentáveis, está, hoje, em 40% e, segundo o grupo citado, deveria ser aumentada e nada mais modificado.

Em primeiro lugar, é preciso estar atento para os itens pouco esclarecidos na legislação, que servem para o `espírito da lei` ser deturpado. Por exemplo, para cálculo desta taxa não poderão ser utilizadas receitas brutas subfaturadas, como as que são obtidas em contratos entre matriz e filial.

A alíquota máxima poderá ser de 80% e nenhuma empresa deixará de atuar. Mas o principal é que, se não forem mudados os usos do que é arrecadado, que está estabelecido na Lei 9.478, não vamos ter a possibilidade de destinar verba para educação e combate à miséria, como quer o presidente Lula e é justo, nem remeter recursos para o Fundo Soberano brasileiro, e em compensação, vamos ter municípios construindo praças com chafarizes folheados a ouro. Então, não existe a possibilidade apregoada de se aumentar a alíquota da participação especial por decreto e não se mudar a Lei 9.478.

O segundo `i` sem pingo trata-se do fato que, na reunião do CNPE do dia 3 passado, foi decidida a realização da décima rodada de leilões para entrega de áreas, em dezembro do presente ano.

Tradicionalmente, a ANP apresenta como justificativa para a promoção de rodadas de licitações a necessidade de manutenção da auto-suficiência do país em petróleo, da redução da dependência externa em gás e do fortalecimento da cadeia de atividades econômicas relacionadas à exploração e produção de petróleo.

Esta justificativa, hoje, com tanto petróleo sendo descoberto no pré-sal, é completamente falsa, permitindo-nos concluir que não há necessidade de se fazer a décima rodada.

Além disso, como foi declarado que a taxação do petróleo, hoje, é baixa e como o cronograma de implantação do novo marco regulatório diz que ele só estará concluído no próximo ano, então, por que serem assinados contratos da décima rodada quando a taxação ainda é baixa? Isto pode trazer embates jurídicos.

Estes são os pingos colocados hoje. Continuaremos, brevemente.

Paulo Metri é Conselheiro da Federação Brasileira de Associações de Engenheiros (Febrae) e atua no Fórum Nacional contra a Privatização do Petróleo e Gás.

Publicado originalmente: Brasil de Fato (30/09/2008)